Um estudo realizado pelas universidades de Queensland, na Austrália, e de Harvard, nos EUA, apontou que uma a cada duas pessoas desenvolverá ao menos um distúrbio de saúde mental ao longo da vida.
A pesquisa contou com mais de 150 mil entrevistados de 29 países, e revelou que o pico de início desses distúrbios acontece aos 15 anos.
Esses dados destacam o quanto o cuidado com a saúde mental precisa começar desde cedo, e a igreja tem o papel essencial de ser um local de apoio e de promoção do bem-estar dos fiéis e da comunidade em que atua.
Setembro Amarelo
Neste ano, a campanha mundial ‘Setembro Amarelo’ definiu como tema “Se precisar, peça ajuda”, que reforça a importância de oferecer suporte às pessoas em seus momentos de maior fragilidade, a fim de mostrar que ninguém precisa enfrentar sozinho os obstáculos da vida.
A Igreja Católica vê a preservação da vida como um assunto extremamente importante, pois condena severamente o suicídio, que vai contra tudo o que a doutrina do Catecismo prega a respeito da salvação.
Ainda assim, o próprio catecismo reconhece os distúrbios mentais e doenças, como a depressão, como circunstâncias causadoras desse mal.
Por isso, o papel da igreja vai muito além de proporcionar uma vida de fé saudável, mas ela também é responsável por abordar questões de saúde emocional e mental e manter um ambiente de acolhimento aos fiéis.
Como a igreja pode atuar?
A fé e uma vida espiritual saudável, em comunhão com a comunidade de cada paróquia, podem desempenhar um papel positivo na promoção da saúde mental dos fiéis.
É fundamental incentivar a participação ativa das pessoas nas atividades da igreja, para que elas se sintam pertencentes e o acompanhamento aconteça de maneira mais frequente.
Sua paróquia também pode:
- Promover grupos de apoio com foco na fé e na saúde mental
- Fazer palestras sobre o bem-estar emocional
- Criar grupos de oração como prática de autocuidado
- Incentivar a comunicação aberta sobre problemas de saúde mental durante as missas e catequese
- Incentivar o voluntariado para promover a conexão com a comunidade
- Fazer retiros para reflexão espiritual e incentivar práticas de bem-estar no dia a dia
Além disso, a igreja também pode realizar palestras e seminários sobre saúde mental, abordando tópicos como reconhecimento de sinais de alerta, redução do estigma e como buscar ajuda quando necessário.
Lembre-se: a saúde física, espiritual e mental dos fiéis precisa estar em sintonia para que sua paróquia seja um ambiente de fé saudável e acolhedor. Com uma comunicação aberta, começando com pequenas ações, sua paróquia pode cuidar das pessoas da melhor maneira.
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