Por mais que estejamos lidando com Igrejas e que elas não sejam nada parecidas com empresas comuns que visam a lucratividade como objetivo final, muitos princípios da gestão de negócios podem ser aplicados no meio paroquial para uma boa administração de recursos e pessoas.
Um dos princípios básicos no mundo dos negócios, que pode ser muito bem empregado no dia a dia das Igrejas é justamente o Planejamento Estratégico.
Essa ferramenta visa auxiliar no diagnóstico das ações, nas visões e objetivos que se tem para o futuro e também no alinhamento e manutenção dessas estratégias durante todo o período de atuação da Igreja na comunidade.
O mais legal disso tudo é que com um planejamento bem elaborado e executado, os próximos gestores da paróquia que vierem a assumir papéis administrativos, podem se guiar e dar continuidade aos projetos na comunidade sem que haja perdas ou grande impacto na mudança de gestão.
Vamos elencar abaixo e exemplificar os três passos básicos de um bom planejamento estratégico.
1- Diagnóstico:
Nessa etapa se faz o levantamento dos dados reais como histórico de atuação das gestões anteriores e todas as suas ações bem sucedidas. Assim como os objetivos gerais e específicos de cada área, ministério e Pastoral são traçados nesta parte do processo. Também é necessário realizar a definição da missão e da visão de futuro, que é onde se deseja chegar em determinado período de tempo.
2- Plano de ação:
Já o plano de ação trata de estabelecer metas e estratégias concretas, a partir do que foi levantado, para se alcançar os objetivos específicos.
Faça uma lista de cada objetivo traçado na etapa 1, para que na etapa 2 sejam descritas as estratégias que serão usadas para atingir essas metas. Uma boa dica é sempre estabelecer prazos com datas para que todos saibam quando devem finalizar seus trabalhos e se manterem comprometidos com os projetos.
Algumas ideias de estratégias que você pode listar são:
- Ferramentas de trabalho que serão utilizadas.
- Contratação ou recrutamento de pessoas, voluntários e/ou empresas especializadas.
- Ações na comunidade para engajamento.
- Escolha e utilização de sistema de gestão total da Paróquia.
- Criação de site e utilização de aplicativo para facilitar a comunicação.
- Criação de Pascom, Pastorais e ministérios. Quem serão seus líderes.
- Oferta de cursos e eventos para desenvolvimento espiritual e convivência em comunidade.
3- Avaliação e revisão:
Todo plano que será executado precisa ser monitorado constantemente. Muitas vezes um planejamento a longo prazo necessita ser revisto e ter sua rota mudada, justamente por acontecimentos ou mudanças no cenário que estão fora do nosso controle.
Elencar um responsável por cada projeto é uma boa estratégia para se ter um controle mais específico e eficiente de cada setor, pois ele será responsável por cobrar os envolvidos, motivar e manter todos alinhados.
Não deixe de consultar os membros da Paróquia, saber se estão vendo e apreciando as mudanças, se estão motivados a participar das atividades oferecidas e se não estiverem, entenda os motivos.
Lembre-se, uma boa gestão paroquial é feita por pessoas e para pessoas, todas alinhadas num objetivo maior que é a comunhão, a caridade e a propagação da palavra de Jesus à todas as pessoas.
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